PROTEÇÃO CONTRA POLUIÇÃO SONORA
Proteção contra poluição sonora começa pelo projeto arquitetônico, é o que diz matéria da Folha de S.Paulo "on line" (22/10).
Passos de crianças no piso superior descem pelas paredes e fazem vibrar os pilares e os nervos. Na rua, cães de latido estridente e freadas na ladeira tornam o sono mais difícil. Para virar barulho, basta que o som incomode alguém; e, para se proteger dele, há inúmeras formas de equipar a casa."Janelas e portas de vidros duplos em esquadrias vedadas com borracha, mantas de lã mineral [vidro ou rocha] associadas a sistemas de "dry wall" [gesso acartonado] e pisos com espumas entre a laje e o contrapiso", enumera o arquiteto e professor do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) Walter Galvão, 40.
Um bom projeto estrutural e arquitetônico fala mais alto, dizem especialistas: evitar janelas para playgrounds, quadras ou ruas muito movimentadas e engrossar estruturas, paredes ou lajes entre pavimentos.O decorador Fernando Piva, 35, lembra que "sons graves, como latidos, não são totalmente isolados por vidros duplos". Ter árvores ao redor do prédio para reduzir o barulho da rua "é de eficiência contestável", pontua Galvão, que prefere a alvenaria de tijolos maciços cerâmicos como silenciador.A ventilação do ambiente também não deve fazer barulho."Um sistema de ar condicionado "split" [R$ 1.500, em média, o aparelho], mais silencioso, é mais caro que o convencional", diz Piva. Em pisos e paredes, carpetes, tapetes e papel de fibra de vidro absorvem o som e aliviam o ouvido.
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