17/11/2006

BRASIL NÃO IRÁ SE OPOR

Em uma reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas realizada ontem, durante a conferência COP-12 (12ª Conferência das Partes) da Convenção do Clima da ONU, o Brasil optou por não se opor a uma proposta da África do Sul de marcar uma data para a avaliação do protocolo. Entretanto, o Brasil não quer que a avaliação seja uma "brecha" para que países que "não gostam de Kyoto" inviabilizem uma segunda fase do protocolo.
Os países industrializados (o chamado Anexo 1), por terem emitido uma quantidade muito maior de gases-estufa durante os últimos 150 anos, têm metas de redução até 2012, enquanto os países em desenvolvimento não as têm. A idéia é conhecida como "responsabilidades comuns, mas diferenciadas".
Um integrante da delegação brasileira disse que existe, no governo, o entendimento de que o Brasil precisa assumir algum compromisso. Caso contrário, a China e a Índia também não aceitariam obrigações --ameaçando o futuro das negociações.
A posição do Brasil, que durante a reunião, foi bastante criticada, evoluiu, assim como evoluiu a de outros países, disse um dos negociadores.
O governador do Acre, Jorge Viana, um que provável substituto de Marina Silva na pasta do Meio Ambiente, disse que o Brasil precisa trabalhar uma postura de "vanguarda" com Índia e China. Folha online

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