GOVERNANDO O PAÍS DEPOIS DAS ELEIÇÕES
Com a "parada" praticamente definida, se mantida as projeções de todos os institutos de pesquisa, Lula deverá governar o País enfretando muitas dificuldades.
Começando com a necessidade de manter a base aliada, sendo que para isso, deverá entregar ao PMDB, partido que mais conseguiu eleger deputados, alguns Ministérios estrátegicos e com representatividade, não porque quer, mas porque o partido exigirá para poder apoiar o futuro governo.
Outra será, conter os ânimos dos movimentos populares como MST e sindicatos, que ao enxergarem que as medidas já implantadas, bem como, as que virão a ser implementadas afrontam os direitos que foram tão duramente conquistados. Promoverão atos que darão mais visibilidade e colocarão o governo em situações complicadas.
Participei do encontro de fundação da CONLUTAS - Coordenação Nacional de Lutas, central que agrega grandes entidades e oposições sindicais, estudantes e movimentos populares nesse ano de 2006 em Sumaré, pude verificar a insatisfação de organizações sindicais e populares em relação as políticas implementadas durante o governo Lula. Medidas como o "Supersimples", os descontos para aposentadoria sobre o 13º salário dos servidores públicos, dentre outros.
Nem todas as direções de entidades estavam lá porque eram contra o governo ou a CUT, mas o que se pode esperar daqui para frente é, um debate mais acalorado nos seios dessas organizações e até mesmo uma revoada de entidades sindicais classistas abandonando o barco da Central Única dos Trabalhadores, sobretudo aquelas que não querem compactuar com a retirada de direitos conquistados.
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